“Da Corte às Ruas” é o mote para a 54.ª edição do Festival Internacional de Música de Sintra, que se realiza de 6 de setembro a 1 de outubro, com orquestras, coros e artistas, com concertos em diferentes locais do concelho.
Da igreja aos palácios, dos salões da burguesia à ópera, a inspiração criativa apropriou-se indiscriminadamente dos estilos, que se alastraram aos teatros, bairros populares e à música doméstica. A música sempre foi parte importante do quotidiano das comunidades a que ninguém fica indiferente.
A 54ª edição do Festival de Sintra será a celebração da influência entre o velho mundo e o clássico e as sucessivas novas práticas sociais que acompanharam as mudanças para a modernidade.
Basílio Horta, presidente da Câmara Municipal de Sintra, referiu que “este festival podia ser apresentado em qualquer parte do mundo, pela enorme qualidade que tem, e a estratégia que comanda o festival, que vai da corte às ruas tem a mesma qualidade ou superior do que se ficássemos apenas pelas cortes, a capacidade de sair dos palácios para o público é uma enorme responsabilidade, o outro festival esteve na mesma linha e este aprofunda essa estratégia”.
“O festival tem, para além desta estratégia, o conteúdo e a originalidade das peças que vão ser apresentadas. A variedade, desde “Matuttini dei Morte”, de Bomtempo até Anna Fedorova, até ao “Summer Sunday”, há aqui uma grande originalidade que visa atingir vários públicos, fazendo do festival um momento de lazer, de alegria e de descontração, trata-se de serviço público para a cultura portuguesa do melhor que há”, terminou o edil.
Gabriela Canavilhas, diretora artística do festival salienta que “o programa deste ano é uma continuação do ano passado no sentido estratégico, de começar a levar o festival para outros espaços menos tradicionais, este ano damos continuidade a essa estratégia e alongamo-la, no sentido que a música pertence a todos, não só às elites, a música vai da corte para as ruas e este é que é o grande tema do festival este ano”.
O destaque do festival este ano será o espetáculo “Summer Sunday”, que aborda a defesa do ambiente e do bem-estar do meio rural, num tom divertido é a proposta musical da Pastoral cómica-trágica-ecológica, de Joseph Horovitz, semi-encenada, dirigida a todas as idades, para as famílias, para coro, solistas e piano.
Mário Laginha e o seu Trio abrem a primeira parte e Mário Laginha será o pianista de Summer Sunday, que conta ainda com o Coro Allegro (Sintra) e o coro infantil Voci (Sintra) e com os solistas Joana Seara, soprano, Marco Alves dos Santos, tenor e Hugo Oliveira, barítono. O espetáculo, que se realiza no Centro Cultural Olga Cadaval, no dia 28 de setembro, tem conceção vídeo de Miguel Matos, encenação de Carlos Antunes e direção de Manuel Líbano Monteiro.
O festival apresenta uma programação variada cujos palcos vão ser o Centro Cultural Olga Cadaval, o Palácio Nacional de Sintra, o Palácio Nacional de Queluz, a Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia de Belas, a Igreja de Nossa Senhora da Purificação (Montelavar) e a Sociedade Filarmónica União Assaforense.
Este emblemático festival é organizado pela Câmara Municipal de Sintra com o apoio da Parques de Sintra Monte da Lua.
Mais informações em www.festivaldesintra.pt
