A situação económica e social do concelho de Sintra esteve em debate, esta quinta-feira, na segunda reunião de 2023 do Conselho Estratégico Empresarial, que teve lugar na Adega Regional de Colares.
António Pires de Lima, presidente do Conselho Estratégico Empresarial de Sintra, deu início à sessão com uma apresentação da atividade económica do país, que cresceu na cerca de 2% na primeira metade de maio, por comparação com o mesmo período do ano passado, salientando ainda que o setor do turismo está em alta em 2023 com números que ultrapassam o período da pré-pandemia.
Durante a reunião foi apresentada pelo presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, a caracterização socioeconómica atual de Sintra, com referência a indicadores que permitem medir o potencial do concelho. O autarca destaca que “Sintra é um concelho com uma atividade económica muito intensa e diversificada”.
Neste sentido, verificou-se que Sintra mantém o segundo lugar como município mais populoso do país, com cerca de 385 mil habitantes (segundo os dados dos CENSOS 2021).
Quanto ao desemprego Sintra mantém um decréscimo com uma taxa de 5%, sendo a 2.ª mais baixa entre os 10 municípios mais populosos de Portugal, “em 2022, o número de desempregados em Sintra foi de 9.819, o que representou um decréscimo de -23,3% em relação ao ano anterior”, refere Basílio Horta.
Em termos de poder de compra Sintra continua a ter o segundo maior volume de compras em terminal de pagamento automático (TPA) da Área Metropolitana de Lisboa e o terceiro a nível nacional.
Na evolução empresas e pessoas coletivas em 2022, foram constituídas 1.723 pessoas coletivas em Sintra, em contrapartida com as 610 dissoluções ocorridas. Sintra é assim o segundo município nacional em termos de saldo entre constituições e dissoluções de pessoas coletivas. Este valor mostra um crescimento de 15% face ao ano anterior (permitindo ultrapassar o Porto, com um crescimento inferior de 5%) e para Basílio Horta “indicia uma assinalável dinâmica e resiliência do município de Sintra, mesmo em contexto crítico”.
Por setor empresarial, Sintra mantém, em 2021, um especial enfoque nas atividades administrativas e serviços de apoio (10.596 empresas, 24%), comércio por grosso e a retalho (6.245 empresas, 14%), atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares (4.057 empresas, 9%) e construção (3.634 empresas, 8%). Em conjunto, estes setores representam cerca de 57% das empresas existentes em Sintra.
Em 2022, Sintra foi o oitavo município mais exportador de bens no país e o quarto mais exportador na Área Metropolitana de Lisboa, a seguir a Lisboa, Palmela e Oeiras. O autarca considera que “o futuro da economia é a exportação, o caminho é este, pois não temos mercado interno que sustente a economia”.
Para terminar esta apresentação Basílio Horta indicou os valores que a autarquia tem recebido de fundos comunitários que têm contribuído para o desenvolvimento económico do concelho.
Em 2023, no total de comparticipações, Sintra beneficia de mais de 46,5 milhões de euros, para um total de investimentos de 67,6 milhões de euros (o PORLisboa representa 66% destas verbas). As comparticipações recebidas pelo Município de Sintra, desde 2017, são aproximadamente de 33 milhões de euros.
Nos investimentos estão contemplados a requalificação urbana e habitacional, requalificação da rede escolar, mobilidade urbana, infraestruturas de saúde e na transição climática e digital.
O Conselho Estratégico Empresarial de Sintra funciona como um interlocutor privilegiado entre empresários e investidores de dimensão nacional e local estando focado em melhorar as condições e oportunidades de negócio e investimento em Sintra que dinamizem a economia e promovam o emprego. Este conselho integra empresários, associações empresariais e entidades sindicais.