A Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas (OMT) realizou a sua primeira reunião presencial desde o surto de COVID-19, que teve como objetivo “enviar uma mensagem de confiança para recuperar o turismo, cujas perdas são oito vezes maiores do que as da crise de 2008”.
No decorrer do 112.º Conselho Executivo da OMT, realizado no dia 17 de setembro, a organização revelou estar confiante na recuperação do setor para o início do último trimestre deste ano, e mais fortemente em 2021.
O secretário-geral da organização, Zurab Pololikashvili, recordou durante o seu discurso os números devastadores do setor: os cenários apontam para quedas entre 58% e 78% nas chegadas turísticas internacionais em 2020, um nível que revela a incerteza que o mundo está a viver, e que depende da duração das restrições de viagem e de quando as fronteiras serão reabertas.
Esta recuperação ocorrerá depois da pior crise da história ter colocado em risco entre 100 e 120 milhões de empregos do setor do turismo em todo o mundo, realçou a Organização Mundial do Turismo no 112.º Conselho Executivo. A OMT considera, no entanto, que o setor “não voltará aos níveis de crescimento pré-pandemia durante mais três a quatro anos”.
Os peritos da organização apontam para o início da recuperação da procura turística internacional no quarto trimestre de 2020 e, especialmente, em 2021, com a procura interna e o lazer inicialmente mais dinâmicos, que as viagens internacionais e as viagens de negócios.
Apesar dos números, Pololikashvili referiu que “é possível avançar com determinação e cooperação”, pelo que persistiu em unir esforços entre instituições e países, realçando que “a pandemia irá passar, mas precisamos todos de trabalhar em conjunto para dar forma a um setor sustentável e inovador”.